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Lipedema: o que é e como tratar essa doença vascular?

  • Foto do escritor: Dr. Leandro Tomita
    Dr. Leandro Tomita
  • 15 de jul. de 2024
  • 3 min de leitura

O lipedema é uma doença crônica e progressiva que afeta principalmente mulheres. Caracteriza-se pelo acúmulo anormal de gordura em áreas específicas do corpo, como pernas, coxas, quadris e, às vezes, braços.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), 11% das mulheres de todo o mundo são acometidas por esta doença.

Vamos entender melhor os sintomas, diagnóstico e opções de tratamentos?

 

O que é o lipedema?

O lipedema é uma doença crônica que provoca o aumento de gordura em diferentes partes do corpo, principalmente nos membros inferiores e superiores, resultando em dor e desconforto. Esse acúmulo de gordura pode ser exacerbado por conta da dieta ou falta de exercícios físicos. Mas a gordura do lipedema é diferente da obesidade, pois tende a formar nodulações no subcutâneo, além de ter um componente inflamatório importante.

Além disso, o lipedema pode causar dor e sensibilidade nas áreas afetadas, o que agrava o desconforto dos pacientes.

É frequentemente confundido com linfedema ou retenção de líquidos. Por isso, procurar diagnóstico especializado com um cirurgião plástico é de extrema importância.

O lipedema também é marcado por seu fator hereditário. Ou seja, é comum que mulheres da mesma família desenvolvam o problema no decorrer das gerações.

 

Sintomas do Lipedema

Os principais sintomas incluem:

  • Acúmulo de gordura nas pernas, coxas, quadris e, em alguns casos, braços. Um sinal típico é o acúmulo de gordura na região do tornozelo, conhecido como sinal do manguito.

  • Sensibilidade ao toque e dor nas áreas afetadas

  • Cansaço, sensação de peso nas pernas

  • Hematomas frequentes

  • Inchaço (edemas)

  • Dor nas pernas e outras áreas afetadas

  • Fragilidade capilar

  • Progressão gradual, com agravamento dos sintomas ao longo do tempo

 

Causas e fatores de risco do lipedema

A causa exata do lipedema ainda é desconhecida, mas acredita-se que fatores genéticos e hormonais desempenham um papel significativo.

A doença geralmente se manifesta durante períodos de alterações hormonais, como a puberdade, gravidez ou menopausa. Mulheres têm maior predisposição para desenvolver lipedema, sendo muito raro em homens. Além disso, pacientes com lipedema são mais suscetíveis a lesões articulares.

 

Diagnóstico do lipedema

O diagnóstico do lipedema é extremamente necessário por se tratar de uma doença que pode ser confundida com varizes e linfedema. Além disso, a lipodistrofia ginóide, conhecida como celulite, pode ser desencadeada pelo lipedema e causar também inflamação e fibrose.

É preciso ressaltar que o diagnóstico é predominantemente clínico. O médico especialista pode observar a distribuição da gordura e a sensibilidade das áreas afetadas. Em alguns casos, exames complementares, como ultrassonografia, podem ser solicitados para excluir outras condições.

Como é uma condição progressiva, quanto antes o diagnóstico for feito melhor será a qualidade de vida da paciente, já que a doença não tem cura.

Conheça os 5 tipos do lipedema:

  • Tipo I: acometimento do umbigo até os quadris;

  • Tipo II: até os joelhos com presença de tecido gorduroso na parte lateral e inferior dos joelhos;

  • Tipo III: até os tornozelos com formação de “manguito” de gordura logo acima dos pés;

  • Tipo IV: acometimento dos braços. Bastante associado aos tipos II e III;

  • Tipo V: apenas do joelho para baixo.

 

Tratamentos para o lipedema

Embora não haja cura, o tratamento visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa. Opções de tratamento incluem:

  • Mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios físicos

  • Terapia de compressão: uso de meias ou leggings de compressão para reduzir o inchaço e aliviar a dor

  • Drenagem linfática manual: técnica de massagem que ajuda a melhorar a circulação linfática

  • Medicamentos para alívio dos sintomas

  • Exercícios de baixo impacto: atividades como caminhada, natação e ciclismo podem ajudar a manter a mobilidade e reduzir o desconforto.

  • Alimentação equilibrada: uma dieta saudável pode ajudar a controlar o peso e melhorar a qualidade de vida.

  • Lipoaspiração: em casos mais avançados, a lipoaspiração para lipedema pode ser indicada para remover o excesso de gordura e aliviar os sintomas. Neste caso, o procedimento cirúrgico tem sido usado com sucesso para reduzir o acúmulo excessivo de gordura nas áreas afetadas pela doença.


Ou seja, o tratamento do lipedema deve ser feito de forma multidisciplinar, por vários profissionais da área da saúde. Assim, pacientes devem seguir orientações médicas e adotar hábitos saudáveis para melhorar sua qualidade de vida e amenizar as consequências da doença.


Cirurgião plástico Leandro Tomita

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